O papa Bento XVI reiterou hoje, 12, que "a economia tem necessidade da ética", ao mesmo tempo em que recordou as milhares de pessoas afetadas pela crise financeira e os desequilíbrios econômicos.
Na audiência geral desta manhã, o Pontífice retomou, assim, a reflexão de sua última encíclica, Caritas in Veritate (2009), na qual se dedicou principalmente à crise econômica mundial.
Além de afirmar que é necessária "uma ética amiga da pessoa" para o correto funcionamento da economia, em sua carta apostólica, Bento XVI também falava do "grande desafio" da era da globalização, de agir com transparência, honestidade, responsabilidade e ética.
Bento XVI dedicou à solenidade de hoje à figura de Santo Antônio, ou como também era conhecido Antônio de Pádua, um dos santos mais populares da Igreja Católica, que nasceu em Lisboa em 1195 e faleceu em Pádua, na Itália, em 1231.
”Ele conhecia bem os defeitos da natureza humana, a nossa tendência a cair no pecado e, por isso, estimulava em suas pregações, o combate à inclinação à avidez, ao orgulho e a praticar, por outro lado, as virtudes da pobreza, a generosidade, a humildade, a obediência, a castidade e a pureza”, explicou o Papa sobre o padroeiro dos pobres.
“Antônio sempre colocava Cristo no centro de sua vida, no pensamento e na pregação, e convida-nos a contemplar os mistérios da humanidade do Senhor”, continuou o Pontífice, ressaltando também, aos crentes e não-crentes, a imagem do Crucifixo, que pode trazer a todos "um significado enriquecedor à vida".
Dirigindo-se aos sacerdotes, o papa Bento XVI exortou que eles "atualizem" suas homilias aos fiéis, esclarecendo que o sermão é "como uma relação de amor com o Senhor", que "precisa de uma atmosfera de silêncio, o que não significa apenas a ausência de ruídos, mas sim uma experiência interior que afasta as distrações do mundo".