O Ano Litúrgico segue uma ordem lógica: encarnação, nascimento de
Jesus, seu ministério, paixão, morte, ressurreição etc. Por meio dele
se reflete a ação da Santíssima Trindade na vida dos homens. Mas há
ainda espaço para que se celebre a colaboração dada ao plano de Deus
por parte de tantas criaturas: Maria, José, João Batista, os apóstolos.
Trata-se de uma caminhada catequética, teológica, espiritual, tendo em
vista a parusia ou a liturgia na vida eterna: (Apoc 21-22).
Ciclo do Natal
O
Ano Litúrgico da Igreja não concide com o ano civil. Ele tem início com
o Advento, período de alegre espera, de esperança, de preparação para a
chegada de Cristo que vem no Natal e de seu eminente retorno. Após as
quatros semanas do Advento, celebramos o mistério da encarnação e do
nascimento humano do Verbo divino no Natal. O Verbo se faz carne e vem
habitar entre nós.
Na semana seguinte ao Natal celebramos a Epifania, onde Jesus se manifesta às nações como o Filho de Deus.
O
ciclo do Natal se encerra com a celebração do Batismo do Senhor, que
marca o início da missão de Jesus que culminará com a Páscoa.
A
cor litúrgica no primeiro, segundo e quarto domingo do Advento é o
roxo, ou o lilás. No terceiro domingo a cor é rosa, para simbolizar a
alegria. Nos demais domingos quando se celebra o tempo do Natal a cor
usada na liturgia é o branco.
Primeira Parte do Tempo Comum
Após
celebrarmos o Batismo do Senhor iniciamos o chamado Tempo Comum que se
extende até a terça-feira anterior à Quarta-Feira de Cinzas. É um tempo
destinado ao acolhimento da Boa Nova do Reino de Deus anunciado por
Jesus.
A cor litúrgica usada no Tempo comum é o verde.
Ciclo da Páscoa
O
ciclo da Páscoa começa com a celebração da Quarta-Feira de Cinzas.
Iniciamos assim a Quaresma. São quarenta dia nos quais a Igreja nos
convida de uma forma especial à prática da caridade, penitência,
oração, jejum e, principalmente, conversão. Durante a Quaresma não se
canta “aleluias” e evita-se ornamentar as igrejas com flores. Ao final
da Quaresma, inicia-se a Semana Santa, que vai desde o Domingo de
Ramos, onde celebramos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém,
anunciando a proximidade da Páscoa até o Domingo de Páscoa. De quinta a
sábado celebramos o Tríduo Pascal. A Quinta-Feira Santa é o dia em que
recordamos a instuição da Eucaristia. A Sexta-Feira Santa é o único dia
do ano em que não se celebra a Eucaristia, mas sim a Paixão e Morte de
Jesus. No Sábado Santo é o dia da Vigília Pascal, na qual celebramos a
Ressurreição do Senhor. Cinquenta dias após a Páscoa, celebramos o
Pentecostes, que assinala o nascimento da Igreja iluminada pela
presença vivificadora do Espírito Santo.
A cor litúrgica da Quaresma é roxa. E a do periodo da Páscoa é branca e no Pentecostes é usada a vermelha.
A
Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB) propõe a cada ano
durante o período da Quaresma um período de vivência concreta de gestos
de fraternidade em torno de um tema comum. É a chamada Campanha da
Fraternidade. Assim a quaresma se reveste de um significado atual
dentro de um convite à reflexão e a prática do amor fraterno. Nesse
ano, a Campanha da Fraternidade 2009 tem como tema: Fraternidade e
Segurança Pública, e como Lema: A paz é fruto da justiça.
Segunda Parte do Tempo Comum
Na
segunda-feira após o Domingo de Pentecostes a liturgia da Igreja
prossegue o tempo comum que se extende até o sábado anterior ao
Primeiro Domingo do Advento (v. Ciclo de Natal).
Como no primeiro período do tempo comum, volta-se a usar o verde nas celebrações litúrgicas.
As leituras das Celebrações
A
cada ano, a Igreja propõe diferentes leituras seguindo os evangelhos
sinóticos: assim temos o Ano A, centrado em Mateus; O Ano B, centrado
em Marcos; e o Ano C, centrado em Lucas, com inserções de João (que
também está presente nos outros anos litúrgicos em ocasiões especiais).
Na
celebração dominical são proclamadas três leituras: uma do Antigo
Testamento e duas do Novo Testamento. O Salmo responsorial é a nossa
resposta meditativa à primeira leitura. Ele pode ser cantado, recitado,
ou apenas o refrão ser cantado e os versos recitados.
Dez dicas para o Advento
Advento
quer dizer vinda, chegada, visita. É o tempo de quatro semanas que
antecede o Natal. Portanto, é um tempo santo de preparação para o
nascimento de Jesus.
Como viver este tempo?
1. Participar das Novenas de Natal nas casas e transformá-las em Grupos de Reflexão. O melhor presépio é um grupo de pessoas reunidas nas casas em nome de Jesus.
2. Meditar a Bíblia. O profeta Isaias agora nos fala de esperança: As espadas se transformem em enxadas, o luto em alegria, o deserto em Jardim. Sejamos testemunhas da esperança. O leão e o cordeiro, o urso e o cabrito, o lobo e o boi estarão juntos. Eis o tempo de paz.
3. Não falar nem propagar o papai-noel, mas o Menino Jesus. Papai-noel é sedutor do mercado. Com abraços, risos, beijos seduz as crianças a serem consumistas. O velho matou o Menino. “Um Menino nos foi dado” (Is 9,5).
4. O Advento pede mais oração, meditação e silêncio. Nada de correria e menos televisão. Tenhamos tempo para os filhos, para o casal e os vizinhos. Voltemos a participar da Igreja, da religião. Eis o tempo de conversão e salvação.
5. Uma boa confissão é o melhor presente que podemos dar a Jesus. “Nasceu para vós um Salvador” (Lc 2, 11). Ele quer nossos pecados. Advento com um perdão a quem nos ofendeu é recuperar a alegria, a saúde e a paz.
6. Neste Advento de 2007, lembrando a Fraternidade e Amazônia, vamos cuidar da mãe terra, das águas, do verde, com reciclagem do lixo, plantação de árvores, não lavar a calçada com água. Jesus é a árvore da vida.
7. Um pouco de penitência é saudável. Não dirigir embriagado. Não transmitir doenças contagiosas. Não justificar o mal. Pelo contrário, doar órgãos, doar sangue, adotar uma criança e evitar a dengue. Ser mais generoso na Campanha de Evangelização. Eis o verdadeiro Advento.
8. Os pobres, doentes, as crianças, pecadores são o centro do Natal. Daí que um gesto de acolhimento, de hospedagem, de visitação, de reconciliação pode marcar este tempo. Não economizar elogios, perdão, acolhimento, abraço, amizade e compaixão.
9. Ser positivo, alegre, principalmente ter os olhos fixos em Jesus, Maria e José. As mães gestantes têm – em Maria grávida de Jesus por meio do Espírito Santo – a proteção, a ternura, a paz. Os maridos como José, voltem para casa, a família. O bem primário e fundamental da vida é a família.
Neste Advento: “Escolhamos, pois, a vida!” (Deut 30, 15).
Como viver este tempo?
1. Participar das Novenas de Natal nas casas e transformá-las em Grupos de Reflexão. O melhor presépio é um grupo de pessoas reunidas nas casas em nome de Jesus.
2. Meditar a Bíblia. O profeta Isaias agora nos fala de esperança: As espadas se transformem em enxadas, o luto em alegria, o deserto em Jardim. Sejamos testemunhas da esperança. O leão e o cordeiro, o urso e o cabrito, o lobo e o boi estarão juntos. Eis o tempo de paz.
3. Não falar nem propagar o papai-noel, mas o Menino Jesus. Papai-noel é sedutor do mercado. Com abraços, risos, beijos seduz as crianças a serem consumistas. O velho matou o Menino. “Um Menino nos foi dado” (Is 9,5).
4. O Advento pede mais oração, meditação e silêncio. Nada de correria e menos televisão. Tenhamos tempo para os filhos, para o casal e os vizinhos. Voltemos a participar da Igreja, da religião. Eis o tempo de conversão e salvação.
5. Uma boa confissão é o melhor presente que podemos dar a Jesus. “Nasceu para vós um Salvador” (Lc 2, 11). Ele quer nossos pecados. Advento com um perdão a quem nos ofendeu é recuperar a alegria, a saúde e a paz.
6. Neste Advento de 2007, lembrando a Fraternidade e Amazônia, vamos cuidar da mãe terra, das águas, do verde, com reciclagem do lixo, plantação de árvores, não lavar a calçada com água. Jesus é a árvore da vida.
7. Um pouco de penitência é saudável. Não dirigir embriagado. Não transmitir doenças contagiosas. Não justificar o mal. Pelo contrário, doar órgãos, doar sangue, adotar uma criança e evitar a dengue. Ser mais generoso na Campanha de Evangelização. Eis o verdadeiro Advento.
8. Os pobres, doentes, as crianças, pecadores são o centro do Natal. Daí que um gesto de acolhimento, de hospedagem, de visitação, de reconciliação pode marcar este tempo. Não economizar elogios, perdão, acolhimento, abraço, amizade e compaixão.
9. Ser positivo, alegre, principalmente ter os olhos fixos em Jesus, Maria e José. As mães gestantes têm – em Maria grávida de Jesus por meio do Espírito Santo – a proteção, a ternura, a paz. Os maridos como José, voltem para casa, a família. O bem primário e fundamental da vida é a família.
10. As crianças
não só recebam presentes, mas aprendam a partilhar. Que se encantem por
Jesus. Amemos as crianças desde o ventre materno. Não percam elas a
inocência. Cresçam em idade, sabedoria e graça.
Neste Advento: “Escolhamos, pois, a vida!” (Deut 30, 15).
Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina
Arcebispo de Londrina
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